Contou-nos que sempre foi muito indeciso, apesar de atualmente a maioria dos seus dias envolver a tomada constante de decisões (por sinal, bastante importantes para a empresa multinacional que gere). Estudou Engenharia Física e História, mas podia muito bem ter sido Filósofo ou Economista. Tem uma enorme sede de conhecimento e uma curiosidade acima da média.
O Miguel Capelão é o primeiro convidado do nosso podcast Living at PHC. Falou-nos sobre a importância de entendermos a felicidade como a chave para o sucesso, do processo de criação da PHC Software e de onde se imagina aos 80 anos, lado a lado com o seu sócio e melhor amigo. Para ouvir, aqui:
“Sabíamos que queríamos ter uma empresa, mas não sabiamos bem de quê. Acabámos por constituir o pacto social mais abrangente possível.”
Chegaram a adjudicar projetos para funcionalidades que não sabiam bem como desenvolver. E hoje são uma referência no desenvolvimento de software de gestão. O crescimento da empresa deu-se sempre em paralelo com o seu próprio crescimento. Quanto mais procuram inovar, conhecer novos procedimentos ou entender como outras empresas trabalham, mais ajustam a forma como atuam e melhoram o desempenho da PHC Software.
“Temos tanto medo da incerteza e da mudança, que perdemos imensas oportunidades. Temos de aprender a aceitar o imponderável: dá-nos oportunidade de fazer as coisas de forma diferente.”


“Somos verdadeiramente bons a fazer aquilo que gostamos. Por isso, importa compreender a felicidade como algo que tem de existir à prióri, para depois nos podermos desenvolver profissionalmente, e não o contrário.”
O Miguel defende, por isso, a importância de trabalharmos primeiro a nossa felicidade. Não corrermos de conquistas atrás de conquistas, na esperança de nos sentirmos realizados no final. Agarrarmos o que adoramos fazer e, aí sim, empenharmo-nos a fazer disso o nosso dia-a-dia.
Explicou-nos que acredita que as organizações devem investir na felicidade dos colaboradores, porque colaboradores mais felizes são mais produtivos. E as pessoas destacam-se e são verdadeiramente boas a fazer o que gostam.
E a verdade é que conseguiu construir uma empresa onde a felicidade é motivo de orgulho. Há três anos consecutivos que ganha um prémio por estar no TOP 15 de empresas mais felizes de Portugal.
“Ainda hoje somos extremamente intranquilos, estamos sempre curiosos, sempre a procurar inovar.”
Acredita ainda que, mesmo com 80 anos, terá exatamente com o mesmo espírito, e que espera ser ainda capaz de se reinventar como até aqui. Intranquilo e curioso para sempre.
